terça-feira, 4 de abril de 2017

The Ramen Strikes Back

O Garfo retorna!
Não só porque a segunda vez é mais gostosa, mas também para dar mais dicas da terra cantada por Frank Sinatra (e também pelo Ja Rule).

Em um capítulo anterior falamos do ramen, de sua origem e de um restaurante muito bom. Hoje vamos falar de duas casas de ramen que estão nas listas de preferência dos novaiorquinos, e o melhor, duas filiais ficam na mesma rua em Hell's Kitchen. Então separe um dia e conheça os dois (overdose de ramen, eu apoio).


bolotas de gordura de porco *_*


Ippudo

Este restaurante foi fundado pelo "rei do ramen", Shigemi Kalahari, e já tem filiais em outras cidades, como Londres e Sydney, mas foi em Nova York que a primeira loja internacional abriu. O Ippudo tem uma marca, o caldo Nakata tonkotsu (feito a base de ossos de porco, mas isso você já leu por aqui), que o Seu Shigemi levou lá da ilha japonesa de Kyushu.

O Ippudo é bem tradicional, os atendentes te saúdam en japonês na entrada e na saída (é uma gritaria, fica até engraçado). O caldo tonkotsu é limpo, tem um sabor suave e bem balanceado. O macarrão tem boa consistência, o chashu (pedaços de porco) seguem a linha de pouca gordura, mas muito macios, e os acompanhamentos (nori, cebolinha, etc) complementam bem o caldo (que é o rockstar, vamos dizer assim). O que eu aconselho mesmo a pedir de extra é o ovo cozido temperado, nitamago, que é delicioso demais. Eu comeria só o ovo com caldo e ficaria feliz para sempre. Ah, para quem não pode comer glúten foi lançado recentemente um noodle especial, e existe também um ramen vegetariano, então é para todas as tribos.

Dica esperta: não deixe de pedir de entrada os Hirata buns de porco! São pães mais leves que uma pluma, cozidos no vapor, e recheados com barriga de porco, alface e maionese. Divino.

NOTA:
Caldo: 8/10
Macarrão: 8/10
Chashu: 7/10
Acompanhamentos: 8/10
Geral: 8/10
*Pãozinho com porco (Pork Bao): 10/10 (fã incondicional)

Endereço: Ippudo East Village - 65 Fourth Avenue (Entre 9th and 10th St) e Ippudo Westside (321 West 51st Street, entre 8th e 9th Avenue)

vegan's nightmare

Totto Ramen

Uma coisa importante a se dizer do Totto é que os caras também não brincam em serviço. Não aparentam ser tradicionalistas, como o Ippudo, mas é só bater os olhos no cardápio para ver que os miguxos querem zoar com a sua cabeça.

No cardápio, tudo que eles te apresentam é o "paitan de frango". Ok. Paitan significa caldo branco, mas o tonkotsu também é, ou seja, paitan é um grupo. Ao comer ramen, voce vai encontrar caldos claros (Chintan) e caldos leitosos (Paitan). Então, o que seria o paitan?

Nas interwebz gastronômicas, há quem diga que o paitan seria de origem cantonesa, um caldo a base de ossos de frango e de frutos do mar. E tem quem diga que é bastante pé de frango na panela, água e fervura. Todo esse suco de frango e colágeno torna o caldo bem branquinho. O que é o caldo de frango do Totto Ramen eu não sei, mas é bem delicioso.

Todos os caldos são de frango, menos o vegetariano, de soja. Você ainda tem a opção de acrescentar uma porção generosa de miso no seu caldo, para deixá-lo ainda mais rico e intenso. Delícia. O macarrão é estilo miojo, bem ondulado e com boa mordida, o chashu (que pode ser de porco ou de frango, seguindo o sabor do caldo) tem bastante gordura, até demais, o que atrapalha pelo excesso, e os acompanhamentos deixam um pouco a desejar, o ovo é sem graça e precisaria de menos tempo de cozimento.

NOTA:
Caldo: 8/10
Macarrão: 7/10
Chashu (de porco): 6/10
Acompanhamentos: 7/10
Geral: 7/10

Endereço: 464 W 51st St, New York

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Dicas: Como viajar sem dinheiro

O bolsinho anda vazio, as moedas estão em alta e você está se coçando para viajar.

"O que fazer?", você me pergunta.

Eu sempre fui (por falta de opção) adepta à "viagem econômica" ou "mão fechada". E isso nunca me foi problema, pelo contrário. Viajar com poucos recursos te coloca mais na realidade do lugar, te faz menos turista. Ter o dinheiro contado por dia te faz um verdadeiro expert no que eu considero ser a maior qualidade de um viajante: a pesquisa.

"Mas eu gosto de comprar pacote de agência", você me fala.

Tem que ter dinheiro, né. Se esse não é o seu caso, e se você sonha com aquela viagem especial, vale a pena colocar muita coisa no papel.

1. Média de diária de hotéis, de acordo com a sua preferência.

Existem hotéis baratos bons e ruins, é uma loteria. Mas hotéis caros são sempre bons, e isso tem seu peso no orçamento da viagem. Se você não suporta a ideia de dormir em uma cama desconfortável, pesquise por hotéis de 3 estrelas ou mais. Caso contrário, pegue ideias de hotéis baratos com boas avaliações.

2. AirBnb também é caso de sorte ou azar, mas também reduz bastante o preço da sua viagem.

Já peguei quatro apartamentos pelo AirBnb e tive sorte em três. Considero que isso deve a uma única palavra: pesquisa! Ler os comentários de quem já esteve hospedado, pegar o mapa do local, conversar com o proprietário, imprimir todos os comprovantes, tudo isso é extremamente valioso. O valor de uma diária no AirBnb (ou outros sites de aluguel por temporada) chega a ser a metade ou mais de um hotel, e isso sempre vale a pena avaliar.

3. Qual o propósito da sua viagem?

Ao escolher aquele destino específico, o que te atraiu? Comida? Museus? Balada?
Um viajante durango muitas vezes faz de uma viagem um foco. Você sabe que Orlando pede os parques da Disney, mas e outras cidades? O que te atrai em Nova York, por exemplo?
Claro que, em uma primeira visita, a vontade é de fazer tudo, abraçar o mundo e jogar o dinheiro pro alto, mas hoje em dia ficou difícil de encarar o IOF do cartão de crédito. Por isso, defina o que mais te chama a atenção naquele lugar, vai ser bom para você e para o seu bolso.

4. Comprar a passagem aérea é ter paciência e esperar o melhor preço.

Existem alguns truques na hora de comprar uma passagem aérea:
- Nunca compre em um fim de semana, os melhores preços geralmente aparecem entre segunda e quarta-feira.
- O tempo médio antes de comprar pelo melhor preço é entre 40 e 50 dias antes da data da viagem.
- Verifique em vários sites: empresas aéreas, dicas de passagens, vale tudo antes de comprar.

5. Fechou passagem e hotel? Chegou a hora de pesquisar (mais um pouquinho).

Como já disse, um bom viajante é quase um local. Não é difícil passar pelas férias sem cair nos conhecidos golpes de turista, é só estar bem informado. Dependendo do seu foco de viagem (comida, cultura, balada, etc) existem muitos sites que te ajudam a saber direitinho o que fazer.
Eu, como glutona profissional, tenho alguns sites preferidos na hora de procurar por aventuras gastronômicas sem quebrar o cofrinho: Yelp, Serious Eats, Eater, e o fórum ChowHound.
Do imenso mar de blogs de viagens, sempre vai ter um que vai mostrar um foco mais parecido com o seu. A internet é um ótimo lugar para descobrir novos destinos, e principalmente saber quanto pode pesar no seu bolso. Do mais, se joga!


terça-feira, 29 de setembro de 2015

Toscana e o paraíso dos sentidos


A região da Toscana é um mar de sensações. São sabores, cores, cheiros, e é inevitável se pegar admirando uma paisagem, uma sombra na parede, uma porta decorada com flores. E principalmente, suspirar pela comida. 

O ato de comer é obrigatório para qualquer pessoa que passa pela região da Toscana. É certo que toda região da Italia tem seus pontos fortes, e quem gosta de comida logo consegue reconhecer todos eles. A região do Lacio (Roma está lá) é conhecida pelas massas e pizzas (#amo/sou). A Emilia-Romagna (o norte do país) tem parmigiano-reggiano mundialmente famoso, o melhor balsâmico da vida, prosciutto divino, e por aí vai. E a Toscana? Além da beleza, ela tem as carnes, vinhos, e também queijos pecorinos enlouquecedores.

amor eterno

Talvez por oferecer imensas porções de carne de boi, vitela e porco, a Toscana é um deleite pra o descanso. Vale a pena separar no mínimo três dias para a região, para não só passar por ela. É uma viagem mais lenta, para observar, comer, beber, e claro, relaxar.

Para você poder planejar bem a sua ida à Itália, e a essa região encantadora, é bom contar com um carro. Alugar um é bem fácil, e barato (sem contar todas as taxas e seguros, mas no fim das contas vale muito a pena). De Roma até Montepulciano, que costuma ser um ponto inicial na região da Toscana, são quase 200km, ou 2h e meia de viagem.

Então, pra quem quer um pequeno roteiro, essas são as cidades que precisam estar no seu guia.


Montepulciano, Montalcino e Pienza


Saindo de Roma, essas pequenas cidades medievais são algumas das primeiras que aparecerão no seu GPS. Com uma distância média de 30 a 50km, e as mais belas paisagens pelo caminho, vale a pena separar um dia para visitar esses tesouros italianos.

Pela estrada principal (dica para quem vai de carro: nas autoestradas italianas, em todos os postos de gasolina, tem também mini-shoppings com a melhor comida rápida/barata: sanduíches, pães, massas e até mesmo conservas), a primeira cidade a visitar é Montepulciano, na província de Siena.



É uma linda cidade de telhados avermelhados, casas de pedra, e claro, bons vinhos. As construções datam do século 15 ao 17, e vale a pena andar pelas ruas e ver entre frestas as belas paisagens do caminho. 

aqui se come carne

Depois de caminhar, a dica é comer a boa comida rústica de Montepulciano no Osteria Acquacheta. A casa é uma das melhores a oferecer a bistecca alla Fiorentina, aquela que ainda vem mugindo (vegetarianos não são bem vindos), e também pratos com tartufo, que é achado na região. Ainda tem opções de ragu de coelho para as massas, flor de abobrinha recheada para acompanhamento, e claro, os doces feitos de ricota fresca.

É hora de pegar o carro e partir para Pienza. O caminho de menos de meia hora é um deleite para os olhos. Nesse trecho você verá algumas das paisagens mais bonitas, bem na altura de San Quirico d'Orcia.



Em Pienza, que é um pouco maior e com mais turistas também, a graça é se perder pelas ruas, entrar nas lojinhas de pega-turista (um mal necessário), e levar o que é permitido no avião: vinhos, queijos pecorinos embalados a vácuo, mel artesanal. É só lembrar de embalar bem os vidros e não causar um desastre ambiental. Além de gastar alguns Euros, lembre-se de apreciar a beleza da cidade, suas portas e janelas floridas, e claro, as paisagens de tirar o fôlego!


criando o programa "meu vinho, minha vida"

De Pienza para Montalcino são 14km, mas lembre-se de chegar antes das 17h para pegar algumas lojas abertas. Todo o movimento da cidade começa a cair por essa hora, e até as 19h não existe mais nenhuma alma viva andado pelas vielas medievais. Chegue a tempo de comprar o seu Brunello de Montalcino, um dos melhores vinhos do mundo e produzido na cidade. Esta cidade murada é a maior das três, e vale a pena dormir em um dos hotéis da cidade. O Castello Banfi foi eleito um dos melhores hotéis de luxo de 2015, e é literalmente um castelo.


Siena e San Gimignano

café da manhã dos campeões

Depois de um belo café da manhã com cornetto e capuccino, pegue a estrada para Siena. É bom chegar cedo, a cidade de Siena é bem caótica em temporada de turismo, principalmente para estacionar ao redor da grande muralha (saudades, Jon Snow). 

Piazza del Campo

 Passear em Siena é separar boa parte do seu dia. A Piazza del Campo, um grande praça com diversas atrações o ano inteiro, é imperdível. Ao redor, o Palazzo Pubblico com sua torre imensa, e muitas lojas e restaurantes. 



Vale a pena conferir a porchetta, um sanduíche enorme de porco temperado com ervas, e outras delícias típicas como o panforte, um biscoito que é ume mistura de pé de moleque com torrone, e claro, o gelato. Siena tem muitas portinhas com sorvetes artesanais, e também de marcas consagradas como a Grom.


igreja do beetlejuice

Depois de uma quantidade razoável de porco e doces no estômago, é hora de ver a jóia de Siena, o Duomo. Essa catedral magnífica, toda listradinha de rosa e preto, é a coisa mais linda. Dá vontade de ficar o tempo todo admirando ela de fora. Mas do lado de dentro ela também é espetacular, e o listrado preto e branco (#beetlejuice) dos mármores nas paredes e colunas é impressionante. Ainda mais se for lembrar que foi construída no século 12. Na bilheteria do Duomo você tem a possibilidade de comprar um ticket para ver todo o complexo: museu, catedral, torre. Vale muito a pena, pois de cima você tem um grande panorama da cidade e de seus telhadinhos vermelhos.

vista feia, dá até dó

Saindo das muralhas de Siena, vá direto para San Gimignano. Mais uma vez, se você chegar antes das 17h pode conseguir visitar algumas coisas que a cidadezinha tem a oferecer, mas o ideal é pernoitar na cidade. Esse hotel fica bem no centro, e o dono é uma gentileza só. Até as 22h você consegue encontrar algum restaurante aberto, e você vai se sentir como um vampiro na idade média ao andar pelas ruas escuras (não se esqueça do figurino gótico suave).

esquerda: leite e lavanda, direita: azeite e avelã

os mil sabores da dondoli

De manhã, tome seu café em uma charmosa padaria e caminhe pela cidade. San Gimignano também é chamariz de turista, e já no início da manhã suas ruas estarão sendo tomadas por pessoas de pochete e câmera. Faça a sua parte e fique na fila da maior atração da cidade: a Gelateria di Piazza (ou Dondoli). Esse pequeno arrasa quarteirão da arte gelada já ganhou o prêmio de melhor sorvete do mundo em 2006/2007 e 2008/2009, e é obrigatório na parada de qualquer um que visita a cidade. Não importa que seja 10h da manhã, na Itália qualquer momento é hora de tomar sorvete.


Chianti

Essa região é perfeita para os amantes dos vinhos. Para os mais aficionados pelo suco de uva fermentado, vale passar o dia e pernoitar em uma das cidades. Mas se o tempo é mais curto, Greve in Chianti é a cidade mais turística da região, e vai oferecer excursões à vinícolas, e muita oportunidade de experimentar os famosos vinhos Chianti. Aqui você tem um guia dos locais mais procurados para visitas guiadas.


Caso o seu amor por vinhos não seja tão grande assim, a sugestão é a que você deixe Chianti de lado e vá direto para Arezzo.


Cortona

centrinho de cortona fofa

Saindo um pouco do distrito de Siena, a cidade de Cortona em Arezzo é uma passagem (e saída) obrigatória do mapa. A cerca de 1h de Siena, a cidade foi imortalizada no cinema e nos livros em "Sob o sol da Toscana". Uma mulher, em uma crise depois do fim do casamento, vai fazer um passeio pela cidade e se apaixona pelo lugar, e por uma casa antiga. É fácil entender porquê, a cidade é um conto de fadas, e inspira qualquer pessoa a se apaixonar (#brega).




Eu indico MUITO o pernoite na cidade, em especial um BnB maravilhoso, o Casa Soleluna. A dona, Cristina, é um amor de pessoa, nasceu na casa e se inspirou na autora de "Sob o Sol da Toscana" para voltar às suas raízes e transformar sua vida. Ela cozinha lindamente e o café da manhã é maravilhoso.

tudo que o sol toca é seu, simba

A cidade murada de Cortona é pequena e tem paisagens menos cinematográficas do que as de Siena, mas o por de sol é maravilhoso. Da cozinha dos restaurantes não sai nada menos do que os já clássicos pedaços monstruosos de carne, risottos, e vinhos maravilhosos. Aqueles pratos que a essa altura você já ama e não sabe dizer não.

De Cortona você segue direto para a jóia da Toscana, e tudo isso por 1h30min de viagem.


Florença

um monte de janelinha, do outro lado só joalheria

Ah, o amor. Não é a toa que essa cidade se tornou uma das cidades mais românticas do mundo. Se Veneza está no topo da lista, Florença vem logo abaixo. Será pela Ponte Vecchio que corta o rio Arno? Será pela quantidade de cadeadinhos com nomes? 

cafonas

Florença é uma cidade para passar pelo menos dois dias, então encontre um bom hotel pela cidade. O AirBnb é uma boa escolha para quem vai passar alguns dias na cidade, e é possível alugar um quarto ou o apartamento inteiro (boa escolha para quem viaja em grupo).

Algumas coisas são imperdíveis em Florença: a Ponte Vecchio, a igreja Santa Maria Novella e todos os Palazzos. Como berço do Renascimento, as Galerias Uffizi e Academia (que tem obras de Michelangelo, Leonardo da Vinci, Bottichelli, entre outros). E claro, o Duomo de Florença, uma catedral magnífica que levou seis séculos para ficar pronta. Se a sua saúde permitir, suba os 463 degraus até o topo da cúpula e tenha uma vista panorâmica de Florença. Se não, fique em terra e só admire o trabalho em mármore da fachada.

tá calor, tá quentinho

Visitar o Duomo exige um pouco de paciência, pois as filas são sempre grandes. Para evitar algumas, chegue cedo e vá logo à Catedral e (se tiver coragem) a subida para o topo da cúpula (lvl extra hard). Para os de coração fraco (como eu), a torre do Campanário tem uma subida menos ingrata com dois níveis, o iniciante e o intermediário.



Depois de bater perna com os turistas vermelhos de sol, visite outros pontos de Florença. E outros pontos significa comer. Vá ao All'Antico Vinaio, ideal para o almoço, é barato e tem alguns dos melhores schiacciates (sanduíches). Outra indicação é o Da Vinattieri, também de sanduíches maravilhosos que só funcionam no almoço.


Depois de explorar todo o Duomo, vale passear pelas ruas do Centro Histórico. Como toda cidade grande, e ex-capital da moda, Florença tem uma grande concentração de grifes e megalojas. Para as garotas itpobrinhas, tem as favoritas de sempre H&M, Forever 21 e Zara.

quiança feliz 

Outro lugar bom de bater perna é a Piazza della Reppublica, bem no início da noite. As luzes começam a se acender e até o carrossel dá outra vida ao cenário. Como na Italia toda hora é ideal para um sorvetinho, confira o Perche No, bem pertinho da praça. Os sabores são bem tradicionais, e sempre deliciosos.


ti amo amore mio

Vá caminhando em direção ao Mercato Centrale, um dos lugares favoritos dos Florentinos para comer e comprar. Se estiver de carro ainda, em busca de novos itinerários, vale comprar frutas frescas, doces, e cortes de queijo e carnes (mortadella seria a minha escolha).

mar de beleza

Nas proximidades do Mercado, se ainda estiver com fome, a dica é a Trattoria da Mario. A comida toscana é o forte do restaurante, então pode pedir uma bella bistecca! Mangia, che te fa bene!



sexta-feira, 5 de junho de 2015

Roma Parte 2: Centro Histórico

Falar de "centro histórico" em Roma é quase um pleonasmo, mas esse tal centro nada mais é do que a região do Monti. Lá está o Rione tradicional, um termo dado durante a Idade Média para a área histórica do centro de Roma.

Panteão, Fontana de Trevi, Piazza Navona, todos os pontos turisticos mais antigos estão dentro dessa área histórica. E como já foi falado aqui: se tem turista, tem armadilha. Mas sempre é possível desviar de fantasias de gladiadores, paus de selfie e restaurantes com menu em inglês. É só pensar como um italiano.

Italianos gostam de comer bem e em restaurantes que tenham bons ingredientes (se forem locais, melhor ainda). Eles se dedicam ao jantar, e pedem os pratos na ordem certa (entrada, primeiro prato, segundo prato). E, principalmente, não comem sozinhos.

A comida italiana foi feita pra dividir, é uma celebração, um momento com a familia e os amigos. Vai ver que é por isso que todo italiano diz, quando alguém pergunta "onde se come melhor nesse mundo?", que a comida da mãe/avó é a mais deliciosa.

E lugares assim tem de montão em Roma! É só procurar!


Fontana di Trevi 

cadê glamour?

Ah, o amor. Fontana di Trevi, hoje em obras (eternas), é um verdadeiro FUÉN no romance de um casal. É andaime pra tudo que é lado, e a fonte, que diz a lenda, é mágica e te leva de volta à Roma se você jogar uma moeda, hoje é uma pocinha aproveitadora de turistas. Mas, para não tirar o entusiasmo de ninguém, aí vai a Fontana com toda a sua glória em "La Dolce Vita" de Fellini <3



Depois do balde de água fria que é a Fontana di Trevi em obras, passe pelas vielas de Roma até chegar na Piazza di Spagna. Mas antes, vá até a Pompi.

dois cannolo faz um cannoli

Diz a lenda que a Pompi tem o melhor tiramisu de Roma (lenda possivelmente plantada por eles). Se você perguntar para um italiano onde tem o melhor tiramisu do mundo, ele vai te falar: na casa da nonna! (ou da mamma!). Sabendo disso, pedi um cannolo, sobremesa clássica italiana que dificilmente dá errado. É uma massa frita com recheio cremoso de queijo com pedaços de chocolate e pistache.

Bem perto da doceria tem um dos mais famosos pontos turisticos de Roma, você vai reconhecer pela quantidade de vendedores de paus de selfie.


Piazza di Spagna

90% turista

Aparentemente, todo mundo se reune nas escadarias da Piazza para fazer uma social. A primavera em Roma é quente à beça, então o horário ideal de visitá-la é no fim da tarde, quando o sol dá uma trégua, é hora de passear. A escadaria (construída em 1726-1726) leva à Igreja de Trinità dei Monti e é o ponto de encontro da noite no Monti. Nos arredores você tem uma grande opção de lojas de grife (pra quem tá podendo, a Valentino é do ladinho) e restaurantes caros.

Mas, se você é um viajante barateiro como eu, e chegou na área pela manhã, a dica é fugir do perímetro. O restaurante Pinsere tem uma das pizzas mais elogiadas de Roma e fica cerca de 20 minutos andando da Piazza di Spagna. Se você estiver cansado, vale até gastar mais um pouco e pegar um taxi (segundo as interwebz cerca de 8 Euros). Cada fatia de pizza custa em média 4 Euros e são deliciosas.

Caso o Pinsere não esteja nos seus planos, a dica é entrar na fila do Pastificio. Fica bem perto das escadarias e o prato de pasta é muito barato. Por cerca de 5 Euros você come bem (em pé ou leva para a viagem), e o pagamento é só em dinheiro.

Depois de escolher seu caminho gastronômico do almoço, confira o lar dos deuses romanos.


Panteão

oi meu nome é Panteão e eu tenho 2042 anos

O Panteão é a única construção do período greco-romano que ainda está em perfeito estado de conservação. Data de 27 a.C e sua função era de templo de adoração dos deuses, e desde o século VII como templo cristão. O mais impressionante dessa construção, além das pinturas tridimensionais no domo, é o modo que a iluminação entra pelo oculus, um buraco no topo do Panteão. Dependendo da época, e da hora, ele ilumina partes diferentes do salão circular. Acredita-se que quando seu construtor, o Imperador Adriano, adentrava o sol batia exatamente nos grandes portões. Para um povo que acreditava que seus governantes eram mais próximos dos deuses, imagina só como era essa entrada triunfal.

fãs de café tremei

Depois de ser iluminado como um deus grego, é hora de tomar um cafezinho. O Caffé Sant'Eustaquio é uma instituição romana, e parar em sua porta para pelo sentir o cheiro do bom café é obrigatório. A casa abriu em 1938 e tem um blend de café só deles. Também dá para levar para casa bombons e o próprio café moído em uma embalagem a vácuo (pode levar no avião). Mas o melhor é sentar nas mesinhas e tomar um bom (e forte) café italiano.

Vá andando pelas bucólicas ruas do Centro Histórico até chegar na área mais florida de Roma.


Campo di Fiori

<3

Quer ver o lado mais tradicional de Roma? Vá ao Campo di Fiori. Nas manhãs você encontra uma feira muito antiga da cidade, com a venda de vegetais, frutas e verduras frescas, massas, utensílios de cozinha, e principalmente, flores. Se você quer conhecer a Roma dos Romanos, chegue cedo e veja o movimento. O dia vai passando e as barracas de flores continuam lá, mas a feira vai dando lugar aos restaurantes, que à noite ficam super movimentados.

Lembrando a dica da postagem anterior, vale a pena conferir o Apertivo romano. A partir das 18h você bebe bons drinks e ganha algumas comidinhas de brinde, mas cumprir essa prática em um dos locais mais tradicionais de Roma é ganhar na vida 2 vezes (use a #gratidão na foto do Instagram, esquece não).

a placa de fora já dá a letra: pizza bianca

Chegando à hora do jantar, entre na fila do Forno Campo di Fiori. É uma das melhores refeições que você poderá fazer em solo Romano. A pizza é ao taglio, quadrada, e com muito recheio. O ascolini (azeitona recheada) é um sonho, e o suplí (bolinho frito de arroz arbório) é necessidade. Não tem onde sentar, é pedir, pagar, e sair. Preço para duas pessoas: Entre 12 e 15 Euros.

Ao redor da praça as opções para comer um bom panini, porquetta, gelato, são muitas. Como você pode perceber, o passeio no Centro Histórico é cheio, e leva um dia inteiro. Mas em todos os lugares, com um pouco de pesquisa, é possível comer muito bem e por muito pouco.


quinta-feira, 21 de maio de 2015

Roma Parte 1 - Coliseu, Foro Romano e Trastevere.

"at my signal, unleash hell" - falei isso aí quando cheguei, me julguem.

A Cidade Eterna não tem esse nome por uma simples coincidência, ou por ter dois ou três lugares históricos a serem visitados. Não. Roma é um museu a céu aberto, mas isso você já sabe.

Roma é a capital da Itália, e além de ser o berço da civilização ocidental, é também a terra da perdição para os apaixonados por carboidratos e açúcar em geral. Gelato, gnocchi, lasagna, você vira uma esquina e dá de cara com uma piazza de 2 mil anos e uma pizza de 2 Euros.

Comida boa e barata, desde que você pegue no balcão e coma em pé, encostado em uma parede Etrusca ou em um chafariz que possui toda uma dinastia. Roma não é uma cidade de "comida de rua", mas o que você mais vê são pessoas comendo nas ruas. Desde um gelato básico depois do almoço até um panini (o salva-vidas de todo turista).

Então, pra facilitar, o Garfo Viajante vai listar o que você precisa comer, e onde (principalmente, porque essa cidade é grande). Então anota aí no seu Guia de Roma.


Foro Romano e Coliseu

"essas pedra aí tudo"

Quem vai ao Foro e ao Coliseu no mesmo dia pode esperar por duas coisas (ou três se estiver calor): filas, filas e mais filas. Mas é altamente recomendado fazer os dois juntos por serem anexos, e pra detonar logo seus pés em um dia. O ingresso de 12 Euros é para os dois parques sítios históricos, então prepare seu livro de história da Tia Maricota.

O Coliseu é um anfiteatro que começou a ser construído em 68d.C, levando quase dez anos para ficar pronto. Era um centro de entretenimento do Império Romano. Lá aconteciam as lutas de gladiadores, que serviam para calar o povo insatisfeito, e para caçadas, venda de animais, e até mesmo batalhas navais. Depois de um incêndio que destruiu a cidade, um surto de peste, e de um vulcão em erupção, o Imperador Vespasiano queria era acalmar os ânimos, da população, e dos deuses.

O Foro Romano é um grande complexo de períodos históricos e ruínas. Por séculos, tudo acontecia ali, desde comércio até eleições. No perímetro do Foro você pode ver diversos Templos Gregos (como o Tempo de Saturno, de 500a.C), Basílicas, Arcos e outras construções de até 2700 anos. No complexo você também visita o Palatino, com seus Palácios e jardins.

Dá para ver pela breve descrição que é um dia bem cheio, então o jeito é calçar os tênis com amortecedor e sair por aí. Para não passar fominha, eis as principais dicas:

- Carregue 1 ou mais garrafas de água. Existem fontes no Foro (e por toda cidade, a água encanada de Roma é potável), e você vai querer/precisar se hidratar. Principalmente de Maio até Setembro, com o sol na cabeça até as 21h.
- Leve biscoitos na mochila, porque não há o que comer nos arredores. Até tem, mas é armadilha de turista (leia-se comida cara).

foto com todos os elementos de um ponto turístico: vendedores de pau de selfie, chineses e tiradores de foto com iPad.

Mas, antes/depois do passeio, seguem as sugestões de lugares bons e baratos (praticamente turistas-free):

Trattoria Vecchia Roma - Perto da Estação Vittorio Emanuele do metrô, ou 15 minutos a pé do Coliseu, essa Trattoria é uma jóia, um mimo. Cara de restaurante italiano, o local perfeito para comer bem sem ser enganado. A pizza é bem romana, fina e enorme, e custa de 7 a 10 Euros. O cardápio de massas também é bem impressionante, vi um gnocchi com uma cara incrível. Valor final para 2 pessoas (pizza com vinho): 25 Euros.

Pizzeria Luzzi - Muito bem avaliado por turistas e locais (não fui, estou repetindo as avaliações), tem comida típica romana bem barata. O guru de viagens Rick Steves também recomenda. Dizem que a flor de abobrinha recheada é mara e a pizza é honestíssima. Cerca de 7 minutos a pé do metrô do Coliseu, então é mais do que indicado para quem já está bem cansado e não quer andar para achar comida nos arredores (o que é bem arriscado). Segundo as interwebz, o gnocchi custa 6 Euros.


Trastevere

Trastevere, lugarzin feio.

Mas, se a ideia é passear e comer bem (mesmo não sendo tão barato), vale a pena explorar Trastevere. É um bairro muito fofo, com casas muitos antigas e um clima boêmio que outras regiões de Roma não tem. São muitos restaurantes, bares, e a própria beleza do lugar já fazem valer o passeio. Para chegar, a partir da região do Esquilino/Palatino/Coliseu, é pegar a ponte que passa sobre o Tibre (ou Tevere).

Para quem chega na área entre 18 e 21h, dá para pegar uma tradição italiana muito legal: o aperitivo. Você pede uma bebida e come pequenas porções (sanduíches, azeitonas, conservas, amendoim). É o happy hour dos italianos, quando as pessoas se juntam para conversar, beber um tradicional Negroni, fumar um cigarro.

Mas nada de substituir a janta. Segundo a lógica dos restaurantes, comer é um ritual de vários passos: entrada, primeiro prato (uma massa), segundo prato (uma carne), acompanhamento (para a carne), sobremesa. Me diz se não é um lugar fantástico? Fica a dica para você cumprir à risca esse ritual nesse restaurante:

Da Enzo Al 29 - Esse pequeno restaurante em Trastevere é um nome obrigatório na lista de quem leva a sério a comida.  Funciona no esquema familiar, com mesas juntas, e não importa se o espaço é pequeno: os pratos valem a pena. Chegando por volta das 20h já vai ter fila na porta (lembrando uma coisa: romanos comem cedo!). Peça a pasta à Carbonara feito com o bacon mais gostoso, o guanciale. E de sobremesa, a musse de mascarpone com morangos. Valor final para 2 pessoas (pasta com vinho e sobremesa): 32 Euros.

"cês tudo falando de comida e eu aqui, em cima de uma pedra de 2500 anos."


segunda-feira, 30 de março de 2015

Rio de Janeiro: Ferro e Farinha


Do Instagram @ferroefarinha

Conheci a Ferro e Farinha quando o seu dono, Sei Shiroma, foi ao Comuna falar sobre comida de rua. Fiquei encantada com a história do seu forno-volante, e imaginei as aventuras de vender pizza sem licenças ou alvarás (coisa impossível no Rio de Janeiro). Na época, há mais de um ano, Sei tinha acabado com seu protótipo de “food truck” pela dificuldade de vender nas ruas da zona sul, sem a documentação necessária. Desde então, esperei pelo surgimento da sua primeira loja, montando em pedaços mentais a pizza que Sei descreveu naquele dia.

Era um desenho ideal, um nova iorquino abrindo uma pizzaria napolitana. Massa fina, poucos ingredientes, quase experimental. Um sonho, se formos pensar no que é comer pizza hoje no Rio de Janeiro: massa pré-fabricada ou produção em massa. A Ferro e Farinha dos meus sonhos era um escape da farofada da cultura de rodízio.

Depois de algum tempo vi que o ponto fixo da Ferro e Farinha tinha nascido em uma rua do Catete. Muito se falou, muitos textos se passaram, e uma moda se criou. 

Hoje, dias depois de ter experimentado a tão sonhada pizza, só tenho uma coisa a pedir dos cariocas.

Não acreditem no hype. 

A Ferro e Farinha tem uma boa pizza? Com certeza. A melhor do Rio.

Ela é para todo mundo? (Ainda) Não.

Como falei, muitos cariocas se acostumaram ao rodízio, ao salão amplo e refrigerado, com refil de refrigerante e oitenta sabores de uma pizza meio chechelenta, mas, ainda assim, honesta. Carioca se viu gostando de estrogonofe e seis queijos em cima de uma massa pré-assada. Tem gente que acha que pizza extravagante é aquela de champignon. E principalmente, comida aqui tem que ser no prato, com garfo e faca.

O ato de comer na Ferro e Farinha é uma experiência. Você tem quatro ou cinco sabores para escolher, o salão é pequeno, o ar condicionado fica em conflito com o forno a lenha em dias mais quentes, não tem refrigerante, não tem champignon, e não tem garfo e faca.

Não tem quatro queijos, mas tem a Picnic, de ricota, gorgonzola e grana padano com mel apimentado. Não tem napolitana, e sim a carro-chefe, Domenico, de mussarela fresca e manjericão. A massa fina é feita a partir do levain (um fermento natural que é como um Tamagotchi, você cria e cuida dele diariamente), e as combinações despertam o melhor dos ingredientes. 

Além de toda a qualidade gastronômica, a Ferro e Farinha tem, principalmente, comprometimento. E isso, em uma cidade já dominada por grandes redes, é cada vez mais raro.  Ainda que uma minoria não tenha entendido a proposta, tomara que mais pessoas descubram a mais nova pizzaria da cidade. E que todas saibam respeitar e reverenciar o que é feito por aquele pequeno time. Afinal, todo mundo merece uma boa pizza cheia de amor.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Travelback Thursday: Madrid


No primeiro #TBT de 2015, quis recordar a minha breve passagem por Madrid em Julho de 2013. Foram só dois dias na capital espanhola, mas, além de deixar queimaduras de pele pelo sol quente do verão europeu, também marcou pela beleza da cidade e o famoso Mercado San Miguel.

hmmm...tapas...
Madrid é uma cidade muito parecida com o Rio de Janeiro. Tem muitas construções que lembram o período monárquico, avenidas largas, praças, e até mesmo por ser uma cidade grande em extensão, em poucos dias você acaba conhecendo só algumas partes da cidade.

Os pontos turísticos são realmente indispensáveis. O Palácio Real fica no meio do centro histórico e é uma obra de arte.


"reeei cadê você eu vim aqui só pra te veeeer"

Além da casa do Rei e da Rainha da Espanha, abaixo você vê a Praça do Oriente. Essa foto foi tirada do Teatro Real, que muito lembra o nosso Teatro Municipal pela opulência, tecidos finos e muito ouro (inchalá).

Palacio Real por 3 ângulos

Mas ir a Madrid não é só conhecer a realeza. Você não pode deixar de visitar o Museu do Prado, a Plaza Mayor, o Templo de Debod, a Praça de Espanha, o Parque do Retiro e, claro, se for fã de futebol, o Estádio do Real Madrid.

/o/ = gol

Palacio de Cibeles, perto do circuito dos museus

O Palacio de Cibeles recebe visitantes todos os dias não só para admirar a sua beleza arquitetônica. O que já foi o prédio do Ministério das Comunicações hoje é um espaço gastronômico, com três opções que cabem no bolso de qualquer um. 

O Bar no terraço (6o andar com um vistão de Madrid) serve drinks e pequenas entradas. Vale como um pré-night. O Colección, também no terraço, tem como escolha certeira o Menu de Tapas por 25 Euros, com 7 unidades das muitas opções de tapas e uma taça de vinho. E o restaurante Palacio de Cibeles é mais luxuoso, pronto para uma noite mais sofisticada. Um menu fechado de 4 pratos no restaurante sai a 50 Euros por pessoa.


S2 

O Mercado San Miguel é o que o nome diz: mercado. Você pode comprar ingredientes muito frescos para fazer os melhores pratos em casa. Presuntos, linguiças, frutos do mar, tudo da maior qualidade. Mas existem muitas opções de espaços para fazer refeições leves, como as tapas.

O que são tapas? Parece um pedaço de pão com coisas em cima, alguns dirão. Mas comer tapas não é só sentar em uma mesa e comer. E uma cerimônia de confraternização. Os espanhóis adoram sentar e bater papo, e fazer isso com uma mesa cheia de comida boa não soa nada mal.

presunto ibérico, amor de verão, amor verdadeiro

Madrid tem milhares de lugares especiais para fazer esse processo ritualístico de bater papo/comer, e na internet você encontra os nomes das casas com as melhores tapas da cidade.

Mas, se a grana estiver curta, a Europa é um bom lugar pra quem está com um furo na carteira. 100 Montaditos é um restaurante que tem promoções como: cada tapa/bebida por 1 Euro. Sério. A minha conta, de 4 pessoas bêbadas e felizes, foi de 20 Euros. Vale a pena pesquisar e beber a soda com vinho deles (que delícia, que saudade).

Quando eu fui era verão, então as ruas ficavam cheias até onze da noite, quando o sol ainda está de pé. Então, lá vai o ritual no seu momento certo. Beber, comer, bater papo, até a noite chegar, e além.